Produtividade e o “Retorno ao Básico” na era da Transformação Digital

Ontem me deparei com um artigo do Estadão sobre a estagnação da produtividade brasileira. Segundo o artigo, a produtividade brasileira só teve um incremento em 2018 pelo fator salário (e, neste caso, a redução deste)! Isso definitivamente não é uma boa notícia para o trabalhador. É claro que o aumento da produtividade de uma empresa, setor ou país gera diretamente um aumento de competitividade, não só no âmbito nacional, mas também, e principalmente, no âmbito global. E esse aumento de competitividade já traz embutido um efeito escala: ainda mais reduções, tanto nos custos de produção, como nos administrativos, pela diluição dos custos fixos à medida que o volume e demanda crescem. A consequência de tudo isso é a geração de empregos, um incremento nos investimentos, rendas maiores e mais qualidade de vida para todos. Entramos, assim, em uma espiral crescente de resultados.

Porém, como se tornar mais produtivo, ou acima disso, mais competitivo?

Nesse ponto entra uma combinação do “Retorno ao Básico” com a “Transformação Digital”, esse último amplamente discutido nos meios de comunicação, nas empresas e nos mais diversos fóruns.

Como vejo todo este assunto: a evolução é uma sucessão de etapas, um aprendizado constante e uma incansável luta pela melhoria contínua. Para traçarmos uma analogia simples: nascemos sem andar e somos 100% dependentes dos nossos pais. Engatinhamos, damos os primeiros passos, firmamos os passos e finalmente caminhamos sozinhos e o processo de evolução estará apenas começando.

Entendemos serem necessários três pilares para a construção sólida e perene de qualquer tipo de empreendimento:

1 – Um time de colaboradores engajados e comprometidos:

Construir fábricas, comprar e instalar máquinas e equipamentos jamais será garantia de sucesso e resultados financeiros se não houver um alinhamento e o comprometimento de toda a hierarquia. Para isso, é necessário focar nos próximos pilares.

2 – Processos Robustos:

Aqui, não olhamos apenas para os processos industriais (medidos ferozmente pelos Financeiros através de inúmeros indicadores de performance – os famosos KPI’s), mas sim dos processos que garantem a continuidade da empresa através do entendimento do foco do cliente, ou seja: daquilo que o cliente espera do produto ou serviço que acaba de adquirir. As palavras-chave aqui são: preço e qualidade compatíveis, fidelidade de entrega e um pós-vendas ágil e responsável. Muitas empresas esquecem que o cliente é o seu maior e mais importante investidor.

3 – Gestão, dividida em três pontos:

a) É mandatório para qualquer organização um Plano Diretor, que considere cenários e ações de curto, médio e longo prazos. Muitos chamam isto de “Planejamento Estratégico”, eu prefiro chamar de “Plano de Crescimento” ou até “Plano de Sobrevivência”;

b) Esse plano deve ser monitorado constantemente com muita disciplina e sem perder o foco em momento algum. Ao mesmo tempo, revisões devem ser feitas com frequência definida, posto que a mudança é o que existe de mais constante no mercado e é preciso caminhar com elas;

c) Esse Plano deve ser compartilhado com toda a organização de tal forma que cada colaborador possa responder firmemente e com toda precisão à seguinte pergunta:

Qual a minha contribuição pessoal para que os objetivos da empresa para a qual trabalho sejam alcançados?

Uma semana produtiva e inovadora a todos!

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